Se não há paixão, não há amor

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Preciso confessar que sou piegas, bem piegas até, em relação ao amor. Leio, quase que diariamente esses sites e blogs de contos e crônicas. Tenho livros de poesia na minha penteadeira e uma de minhas obras preferidas é Para se Viver um Grande Amor, de Vinícius de Moraes. Escuto músicas de amor, dou risadinha só, sonho, planejo, escrevo coisas em um caderninho e quando não cabe mais em mim externalizo em pouco mais de mil toques. 

Há um tempo venho escutando que uma hora a paixão acaba, que vira amor, que você deixa de sonhar para viver. Mas não, não é assim. Não é assim que aprendi, não é assim que vejo as pessoas vivendo. A paixão não acaba, não para quem realmente ama quem está ao seu lado.

Não acaba porque mesmo com os vinte e tanto anos, ou mais, de casados, ele sempre vai olhar para ela sem encontrar as palavras certas para dizer o quanto é linda. E ela sempre vai sorrir e mudar de assunto quando perceber aquele olhar.

Não acaba porque, mesmo que mais raros e curtos, os beijos sempre carregarão uma boa dose de energia, quase um choque, que vai transcender a vontade de que aquele momento não acabe nunca, e ambos terão certeza de que escolheram a pessoa certa. 

Não acaba porque sempre haverá planos e sonhos para os dois, seja da próxima viagem, do próximo filho ou da reforma da cozinha.

Não acaba porque é a paixão que difere o amor que sentimos por aquela pessoa do que o que temos por qualquer outro de nossos amigos.

A paixão não acaba, e nem deve acabar. Deve haver mais desejo quando se conhece cada milímetro do corpo do parceiro. Deve haver descoberta, mesmo quando já se sabe exatamente o que o outro pensa em cada situação. Deve haver ansiedade mesmo quando já se escolhe o que irá ganhar nas datas comemorativas. E deve haver comemorações, mesmo que aquela data já tenha se repito por tantos seguidos anos.

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