Se você tem os ombros estreitos, pouco busto e um quadril largo, é uma pera. Se o sua parte superior é maior do que a inferior, você é uma maça. Se seu ombro e quadril são maiores do que sua cintura, fique feliz, pois foi promovida a objeto e você é a mulher ampulheta. Se não se encaixa em nenhuma destas três alternativas, sinta-se mal e tente esconder todos os seus defeitos, pois você é um círculo ou um retângulo.
Basicamente é assim que funciona, em revistas, sites e programas de beleza. Pessoas super entendidas vão te dizer o que você não pode, de jeito nenhum, nem penar em usar. Você precisa ter consciência de seu corpo e usar apenas o que esse tipo diz que está certo. Tudo bem, até que é legal isso, mas quem disse que funciona?
Eu, por exemplo, tenho busto pequeno e quadril um pouco mais largo, então sou pera. Mas meu ombro é largo, também, então sou ampulheta. Mas como sou magra e alta, olhando assim pareço mais um retângulo. E ai, que roupa eu compro?
Nós já deveríamos ter aprendido que não existe padrão. Que não tem como classificar. Mulheres bonitas são assim, mas as mulheres de verdade são assado.
Não temos que ficar nos preocupando com o que espalham por ai. Há pouco tempo ficavam obrigando todas nós a sermos magras e agora o mundo começou a dizer que mulher magra, não é mulher de verdade, que o corpo ideal é cheio de curvas, coxas grossas e bunda empinada, e sabe o que está acontecendo? Ao invés de conseguirem fazer as mulheres assim aceitarem os seus corpos – lindos – do jeito que são, estão fazendo as magras tentarem chegar nisso.
Mas não adianta, cada uma de nós nasceu e irá morrer de um jeito, podemos até tentar parecer um pouquinho, mas nunca entraremos nesse tal “padrão de beleza”.
E, para terminar, gostaria de perguntar, quando chegamos ao padrão, valeu a pena? Valeu a pena abdicar de tanta coisa que gosta, por esse corpo? Está valendo a pena usar um cinto de específicos centímetros porque ele que deixa o seu corpo desenhado da forma correta? Vale a pena abdicar de quem você é?
Vale a pena?
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