Do nada ele sumiu, tocou a vida, se apaixonou, sorria – sempre com um copo na mão – pelas redes sociais. Parecia ter encontrado alguém, e que esse alguém também havia o encontrado. Eles pareciam felizes. Bem felizes. Eu já havia decorado as legendas de amor, já sabia qual era o melhor ângulo dela. Até que eu resolvi tocar minha vida, deixar pra lá as brincadeiras e sonhos, e apostar no real e concreto.
Tudo caminhava cor de rosa. Tudo era limpo, calmo e alegre. Eu estava bem, eu queria o bem de alguém e até havia esquecido de você. Mas para quê? Para chegar naquele dia ruim, justamente naquele dia que eu queria esquecer e você mandar “Ei, saudade”. E eu pensar “Ah, saudade”. Saudade da sua dedicação e compreensão. Saudade da nossa liberdade e da simplicidade.
Senti saudade de como a gente ria sem motivo e as vezes proporcionávamos um motivo. De como combinávamos em tudo e em nada, como não sabíamos muito bem o que o outro queria, mas sabíamos prontamente quando queria. Senti saudade das suas mensagens e de como eu esperava por elas. Senti saudade de como disfarçava bem algumas coisas e mentia para ver o meu sorriso.
Dormi com saudade.
Mas a vida é assim mesmo, cheia de saudade. Mas antes a saudade do que o arrependimento por não viver. Te respondi quando acordei. “Eu também, (:”. Mas não quero matá-la. Depois da noite envolta em frio e solidão, lembrei que você não é de ninguém e que eu já achei alguém.
0 comentários:
Postar um comentário