Há dois anos meu maior ídolo do rock nacional é encontrado morto. Há dois anos um dos meus baixistas preferidos, saia da minha banda preferida, que era perfeita com ele. Há um ano soube que sem Candinho não há Rancore. No início do ano descobri que posso morrer sem ouvir All the small things ao vivo, e de verdade. No final do mês passado vejo no Facebook que a menina morena aqui não irá mais dançar nos shows e nem se embriagar no silêncio que invade a sala de jantar. Ontem meu feed de notícias foi invadido por uma notícia triste à boa parte da minha geração: a diversão acabou.
Quem me conhece sabe o quanto sempre gostei de Forfun, sabe o quanto admirava cada um daqueles caras, o quanto relutei com a “mudança” no estilo e que depois não tive problema nenhum em assumir que aquilo era tão bom quanto o que lançou a banda.
Como comentei na publicação do Facebook, a banda marcou inúmeras etapas em minha vida, foram a trilha sonora de grandes e pequenos momentos, me acompanham há mais tempo que muitos amigos e sinto como se eles me entendessem, muito melhor, que a maioria das pessoas compartilho diariamente minha vida.
O Forfun com o Teoria Dinâmica Gastativa trouxe o puro pop punk para nós. Até hoje não entendo como as pessoas os classificavam, também, como emos. As letras eram recheadas de festas, praia, drogas e curtição, muito diferente do que Fresno, NX Zero e Scracho faziam na época.
Polisenso ainda mantinha as guitarras pesadas, mas a maturidade já havia aparecido. Aqueles quatros haviam entendido que ser adulto não precisa ser só de um jeito, e eles amadurecem seguindo bem próximo a essência inicial.
Alegria Compartilhada foi nada menos que um baque. Para mim, na época, foi uma perda completa de essência, cheguei a dizer que aquilo era inadmissível e que a banda havia morrido. Depois de um tempo consegui aceitar e gostei, parecia que eles tinham adivinhado que o meu espirito mudaria em breve e que todo aquele álbum faria sentido.
Dois anos depois ganharíamos aquele DVD lindo, com músicas incríveis e muito amor no ar. Algumas das músicas, pra mim, estão em sua melhor versão. Dedeco, Rodrigo, Tony Garrido e Helio Bentes, acertaram até nos convidados.
Nu foi um respiro, senti a pegada do TDG unido a maturidade do Polisenso, a vibe do Alegria Compartilhada e ao amor do DVD Ao Vivo no Circo Voador. Nu era como me sentir em 2005, sem sair do presente.
Hoje me parece que o último álbum foi juntar elementos e fazer melhor, o que já haviam feito. Forfun encerra sua jornada cumprindo a missão que lhes foi dada. Compartilharam não só alegria, mas tudo o que poderiam compartilhar conosco.
Obrigada Danilo, Nicolas, Rodrigo e Vitor. O Forfun não para por aqui.
Hoje é dia de overdose desses quatro, hoje é dia de saudosismo hoje é dia de viver e emanar luz, como eles sempre nos ensinaram. Para isso, um TOP10 simpático das minhas preferidas.
10º: Muitos Amigos (Nu)
9º: Cosmic Jesus (Alegria Compartilhada)
8º: Minha Jóia (Alegria Compartilhada)
7º: V. I. P. - Very Important Por Quê? (Teoria Dinâmica Gastativa)
6º: Sol ou Chuva (Polisenso)
5º: Sigo o Som (Polisenso)
4º: Costa Verde (Teoria Dinâmica Gastativa)
3º: Gruvi Quântico (Polisenso)
2º: Constelação Karina (Teoria Dinâmica Gastativa)
1º: Morada (Alegria Compartilhada)
**Faixa Bônus: Universo a Nosso Favor - Charlie Brown Jr part. Forfun
10º: Muitos Amigos (Nu)
9º: Cosmic Jesus (Alegria Compartilhada)
8º: Minha Jóia (Alegria Compartilhada)
7º: V. I. P. - Very Important Por Quê? (Teoria Dinâmica Gastativa)
6º: Sol ou Chuva (Polisenso)
5º: Sigo o Som (Polisenso)
4º: Costa Verde (Teoria Dinâmica Gastativa)
3º: Gruvi Quântico (Polisenso)
2º: Constelação Karina (Teoria Dinâmica Gastativa)
1º: Morada (Alegria Compartilhada)
**Faixa Bônus: Universo a Nosso Favor - Charlie Brown Jr part. Forfun
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