Não foi por você ter me levado ao restaurante mais fino da cidade, aberto a porta do carro, pago o melhor vinho da casa e ter dançado de rosto colado no terraço, mas por ter me dado aquela florzinha no final da noite, aquela que você surrupiou da árvore do meu vizinho.
Não foi por me encher de mensagens dizendo o quanto eu sou especial, o quanto eu te faço bem e o quanto você está com saudade, mas por mandá-las apenas dez minutos após ter me deixado na portaria do meu prédio.
Não foi por você me puxar para perto, encostar seu corpo no meu e ter feito carinho na minha cabeça até eu pegar no sono, mas por ter feito isso sem que eu pedisse e nunca tirar o braço debaixo do meu pescoço, mesmo com ele já dormente ou então formigando.
Não foi por ter me presenteado com o ingresso do último show da minha banda preferida. Mas por ter ido comigo e por ter dançado, cantado e vibrado tanto quanto eu.
Não foi por você ter ficado ao meu lado quando estive doente por vários dias, mas por sempre pegar na minha mão antes de atravessarmos a rua e sempre me dar chocolate quando estou na tpm.
Não foi por você ter preparado o jantar, posto a mesa, acendido velas e ter cuidado de cada detalhe, mas por ter lavado a louça no final da noite.
Não foi pelas demonstrações públicas de afeto, mas pelo jeito que você me olha quietinho durante a noite, pela sua reação quando eu abro os olhos de manhã, pelo café que você me serviu ainda na cama, pelo "saúde" que você diz todas as vezes que eu espirro, por ter notado que eu cortei 2 cm do meu cabelo, por sempre me dar tchau antes de cruzar a esquina, por me levar a toalha no banho, por me dar uma das suas gavetas, por me dar o antídoto da saudade e por nunca desistir de nós.
Por seguir os padrões, mas também por fugir deles e reescrevê-los de um jeito só seu. Por esses e outros motivos que eu me apaixonei e continuo me apaixonando, um dia sim e no outro também, cada vez mais, por você.
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