Pelo fim das sacolas plásticas

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A novela das sacolas plásticas todo mundo já conhece: proíbe, mercado reclama, consumidor reclama, volta, ativista reclama, engajados reclamam, proíbe, mercado reclama... A comodidade de poder levar cada produto em (mais) uma embalagem, é bem ilusório e o preço por isso será pago por nós mesmos, em um futuro não tão distante. E a melhor opção é sim abandoná-las. 

Mas por que elas são tão vilãs em nossa vida? Para começar, a sua matéria prima é o petróleo, uma substância não renovável, muito poluente, e com degradação de séculos. Ou seja, o seu tataraneto poderá encontrar resquícios do saquinho que você descartou hoje. Só no Brasil, cerca de 9,7% do lixo é oriundo de saquinhos plásticos. Além disso, para produzir uma tonelada de sacolas plásticas, são necessários 1.140 kw/hora, energia suficiente para abastecer 7.600 casas durante uma hora, com lâmpadas econômicas. Além do alto desperdício de água e a contaminação dos lençóis freáticos em sua decomposição. (Como curiosidade e para reflexão: segundo o Ministério do Meio Ambiente, são distribuídas, por hora, no Brasil, 1,5 milhões de sacolinhas plásticas)

Como se não bastasse tudo isso, os nossos aliados das compras são, na verdade, os vilões dos mares. Peixes e, principalmente, tartarugas-marinhas confundem a embalagem com águas-vivas, um de seus alimentos. E, ao ingerir os saquinhos, morrem por obstrução do aparelho digestivo. (Se não acredita: sugiro uma visita ao Projeto Tamar, tem um aqui pertinho, em Ubatuba, que mostra diversos cadáveres dos animais).

Se não te convenci, proponho que escute mais essa: os sacos plásticos são a principal causa de obstrução de passagem de água em bueiros, na cidade de São Paulo. O que gera todo aquele caos “normal”, no começo do ano, onde chegar em um lugar é praticamente impossível, porque a cidade virou uma piscina. Se não está feliz, vou lembra-lo que ao ser incinerado o plástico libera toxinas altamente perigosas à saúde. Quem sofre problemas respiratórios, sofrerá em dobro. Quem não sofre, se prepare. 

Tá, falei muito, falei bonito, mas cadê a solução? Está aqui! Que tal se livrar de todo esse mal, dessa tonelada de resíduos, das enchentes e ainda sair com style pela rua? Convenhamos que aquelas sacolas são horrorosas e ninguém merece. Mas as sacolas retornáveis – ou ecobags, porque aglutinação em inglês é mais chique – estão cada vez mais “it”, tanto no âmbito ecológico, quanto no da moda. Você pode criar a sua própria sacola, com roupas velhas e um pouco de criatividade ou comprar em feiras pela cidade e até pela internet. Confira algumas dicas e comece a fazer um mundo melhor:

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