Desculpe a minha inconsistência, minha incoerência, minha instabilidade emocional e minha vulnerabilidade fatídica. Desculpe o meu oi distante, meu bom dia seco, meu boa tarde irônico e meu boa noite apático. Desculpe meus elogios escassos, meu carinho em falta, meu desafeto culminante e minha indiferença atroz. Desculpe o meu jeito meio sem jeito, minhas frases pela metade, meus planos que não te incluem e meu espírito livre.
Essa libriana, filha de Vênus, com a lua em Áries e ascendente em Gêmeos. Essa menina mulher, que te mia e te chama, que te arranha e te beija, que te quer e te esnoba, que te larga e te esquece. Que te esquece e se arrepende, que se arrepende de se arrepender, que navega no orgulho e afoga na própria saudade.
Que não sabe lidar com o afeto, que não sabe lidar com o carinho, que não sabe lidar com a atenção, muito menos com o amor. Mas que lida com a ausência, que lida com a falta, que lida com a distância e também com o tempo. Desculpe-a por ser tantas em uma só, e dessas tantas, nenhuma saber lidar completamente.
Desculpe seu sorriso forçado, seu olhar inerte, sua frialdade e sua rispidez. Desculpe sua apatia, sua antipatia, suas respostas atravessadas e a falta delas. Desculpe a confusão que ela faz, e todas as vezes que seus seu coração entra em conflito com o corpo, e que seu corpo entra em conflito com a boca.
Desculpe-a por todas as vezes que ela sorriu e te olhou como quem quisesse dizer algo, mas tropeçou nas palavras e respondeu com um “nada não” o seu “o que foi?”. Por um momento você pensou que todo afeto cultivado se tornara mútuo por parte dessa garota, mas seu medo parece maior. Desculpe seu medo, sua insegurança. Desculpe sua indecisão. Desculpe-a. Apenas. Mas não desista dela.
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