Por muitos anos, o dia 12 de Outubro foi a data mais esperada pela maioria de nós. Lembram? Podia levar brinquedos para a escola e ficar naquela competição de "o meu é mais bonito", "a minha boneca é maior", "mas a minha chora", "é, mas a minha é a Dentita". Também era o dia que nós não precisávamos ir de uniforme, nem com o cabelo preso. Não precisava levar mochila, tinha sorvete, pula-pula, algodão doce e a aula era o dia inteiro no playground. Dá uma depressão, né?

Como já é de costume, está aqui a lista dos melhores shows que rolarão em São Paulo nesse mês lindo (e quente). Vale chamar a mamãe, o papai, o crush, azamigas e eu inclusive.

Maquiagem deve ser, acima de tudo, usada para enaltecer a beleza do rosto das mulheres e também dos homens. Certo que, às vezes, o exagero pesa, mas as transformações são assustadoramente incríveis. Quem me conhece sabe que sou super adepta ao mais natural possível, mas confesso que piro nas makes mais elaboradas ao estilo drag e 3D.

Se você acompanha o blog, sabe muito bem o quanto adoramos estar em contato com a natureza, energias e encontrar um de paz nessa cidade efervescente que é São Paulo. Até já falamos sobre técnicas de meditação ao Sol aqui no blog, se você ainda não leu, corre lá para ver.
Para atender as necessidades de encontrar um ambiente tranquilo e acolhedor para meditar, fiz essa lista com os locais mais indicados para cruzar as pernas, controlar a respiração e entrar em contato com o seu eu interior.

A Nickelodeon anunciou recentemente que irá criar um canal dedicado aos fãs dos desenhos dos anos 90. Só de ler anos 90 já me dá aquela nostalgia boa. Fiz uma lista dos desenhos que eu assistia com a minha irmã, quando mais nova, e tenho certeza que vocês vão se identificar.

Não adianta mentir, eu sei que não faz muito tempo você sonhava. Sonhava em viajar o mundo com uma mochila nas costas e na companhia de alguém que não apenas compactuava com seus planos, mas que os complementava. Eu sei que você imaginava como seria a sua casa, o seu emprego, como passaria as suas férias, o nome de seus filhos e com quantos anos os teria. Mas e ai, deu certo?

Você realizou seus sonhos, você ainda os mantém como sonhos ou eles já não fazem nenhum sentido para você? Você cria novos sonhos todos os dias, estabelece planos com você ou acredita que nesse mundo em que vivemos não há mais espaço para acreditar?

Será que o mundo está cético demais e isso nos impede de sonhar, ou será que nós estamos preferindo pensar nisso, ficar na zona de conforto e não correr o risco de nos machucar?

Realmente, pode não valer muito a pena sonhar, porque não sabemos se conseguiremos realiza-los. Mas já que não sabemos o dia de amanhã, será que vale mesmo a pena ter tanto foco e tão pouca fé?

A vida é feita de incertezas e nelas você precisa escolher, se vai atrás de um sonho ou se lutará contra a realidade.
 Primeiro eles deixaram de ser um artigo esportivo e das academias para fazer parte do dia-a-dia de homens, e não demorou muito para que caísse nas graças das mulheres. Mas muita gente ainda associa este produto como um item exclusivo de academias, que mulheres podem sim ter tênis super legais, mas acabou a malhação o salto tem que voltar.

Mas essa não é a verdade, os tênis podem sim fazer parte do dia-a-dia das mulheres e montar loks lindos e descontraídos. Quem me conhece sabe o quanto estes sapatos são meu preferidos e eu os uso com tudo. 

Até aqui tudo bem, mas como torna-lo parte da sua rotina sem que pensem que você pegou o primeiro sapato do armário, ou que seu chefe fale um monte? Veja estas dicas:

Tênis + Calça Skinny (ou croped) 

Tênis + saia curta
Tênis + Saia Midi

Tênis + vestido

Tênis + shorts

P.s.: Eu sei que existem tênis de corrida lindos, que hoje em dia eles são bem trabalhados, a costura é mais suave e etc, mas eles continuam sendo grosseiros e o material não é ideal para ir com roupas casuais, já que foi elaborado para o seu conforto.

Quem me conhece sabe que eu adoro cantar. Sou dessas que puxam uma música de qualquer palavra que você diga e amo fazer a Melody nos falsetes. Nem preciso dizer o quanto essa pessoa é louca por karaokês, né? Vira e mexe chamo um pessoal para ir comigo e sempre fico até o final.

A estação mais linda do ano começa amanhã, mas até parece que é o Verão que está querendo dar as caras por aqui. Gente, que calor é esse? Adoro!

Conversando com uns amigos, mais velhos, estávamos falando sobre a Malhação de hoje não ser mais tão legal. Mas ai o debate ficou maior, a deles com a academia e com a abertura do Lulu foi a melhor, ou a minha do Gigabyte, Múltipla Escolha e abertura do Charlie Brown foi melhor? 

Esses 5 motivos, músicas, na verdade, me disseram que a minha foi bem melhor (um beijo pra quem teve o CD de dez anos):

Avril Lavigne – Sk8er boy
"He was a boy, she was a girl. Can I make it any more obvious? He was a punk, she did ballet. What more can I say?" Porque toda menina que viveu essa época queria um All Star e usar uma gravata pink.

Kaleidoscópio – Tem que valer
"Do mar você me olhou e procurou a mais perfeita ondaa, rolei na areia e fiquei louca, muito louca". Até quem nem sabia o que era surf queria arrumar alguém pra pegar essa onda pra ela.

Luka – Tô nem ai
"Tô nem ai... Tô nem ai". Essa era a parte que importava. E você cantou isso pro seu amigo que estava falando um monte, cantou pra professora enquanto ela te ameaçava e até, escondido, pra sua mãe, depois de uma bronca (menos eu mãe, nunca fiz isso).

Marjorie Estiano – Você sempre será
"Posso tentar te esquecer, mas você sempre será: a onda que me arrasta, que me leva pro teu mar. ~ laia laralai laralaia ~ Me envolve e me leva, pra longe daqui" #TeamVagabanda para sempre.

Charlie Brown Jr – Te levar daqui
"Vou te levar, yeeeah, te levar daqui". Melhor música de abertura, de todos os tempos, de todas as novelas, de todo o mundo. Apenax. Saudades Chorão.

Sabe lindo, a verdade é que eu nem sei muito bem por onde começar, na verdade eu nem sei se deveria começar, mas eu preciso te falar. 

Eu sei que as vezes passo dos limites, tenho atitudes que você não gosta e fujo da situação, mas é que no fundo eu não sei lidar. Eu nunca tive algo próximo do que estamos tendo, talvez na adolescência, mas eu nem sabia o que isso, realmente significava. 

Tento todos os dias fugir, mas me deparo com uma trinca de ases, que só me dá motivos para ficar.

Não estou aqui tentando mostrar desculpas para errar tanto, para fugir tanto e para sumir tanto. Eu estou tentando encontrar uma maneira para te deixar bem aqui, sem te assustar, sem me assustar e de uma forma que faça bem para nós dois. Sei que errei com você, que pisei na bola, mas juro que foi tentando acertar. Sei que não deveria ter feito muita coisa que fiz, mas estas atitudes que me deram provas que aqui é o meu lugar. 

Me perdoe pelo textão essa hora, e por aquele migué, pra não ir no rolê, na última hora. Me perdoa pelas inconsistências e, também, pela incoerência, mas não me julga, pela primeira vez eu estou, realmente, me permitindo amar.

Já perceberam quantos programas ao ar livre estão rolando em São Paulo? Feirinhas gastronômicas, encontros de jazz, mostras de cultura negra e é claro várias sessões de cinema ao ar livre. Seja em estacionamentos, parques ou praças, a ideia de reinventar a exibição de filmes em tela grande tem sido muito bem aceita pelos paulistanos. Tanto que o shopping JK Iguatemi, pioneiro nessa inovação, realizará mais uma edição do Cine Vista, evento que acontece desde 2013 no terraço do shopping.
Girl eat world @girleatworld
Melissa registra as principais paisagens de cada lugar de um jeito diferente, com a melhor comida que encontrar em frente.


Pe na Estrada (Altier Moulin) @penaestradablog
Altier é um blogueiro, brasileiro, que roda o mundo todo e nos deixa morrendo de vontade de pegar a estrada


Zak Shelhamer @zakshelhamer
Zak, e sua namorada, percorrem todo o mundo acampando, velejando, surfando, skiando e enchendo os nossos olhos


Claudia Liechavicius @claudialiechavicius
Claudia é redatora do Blog Vioajar pelo mundo e, claro, viaja o mundo inteiro, as fotos são as boas e velhas clichês, mas que enchem os olhos e nos dão vontade de copiar


Matthew Karsten @expertvagabond
Matthew é cinegrafista de aventura e, claro, que como um bom profissional do ramo, não poderia eixar de ter pinturas em seu Instagram.






Começo de estação é aquela loucura, né? Liquidação da coleção antiga, lançamento das peças novas, uma histeria para saber o que vai virar moda, o que vai ser a peça chave da temporada, os queridinhos da estação, etc. Assim como as roupas, que entram em saem de moda , as tatuagens também viram tendência. Com certeza você reparou no surto de símbolos do infinito no pulso, terços no braço e aquela estrela enorme no ombro.

Não foi por você ter me levado ao restaurante mais fino da cidade, aberto a porta do carro, pago o melhor vinho da casa e ter dançado de rosto colado no terraço, mas por ter me dado aquela florzinha no final da noite, aquela que você surrupiou da árvore do meu vizinho.
As histórias de Nicholas Sparks embalam muitos sentimentos de amor, quem não sentiu saudade em  Querido John, sorriu com A última Cação, ou se emocionou com Um Amor para Recordar? O autor emplaca livros e filmes dá décadas e tem um grande público que sempre aguarda por suas obras. Mas mais do que isso ele nos ensinou algumas coisas sobre sentimentos: 

1 - Com as pessoas certas, pequenas coisas tornam-se incríveis

2 - Os melhores beijos são molhados

3 - Infelizmente, por mais que exista muito amor, ninguém é eterno
* Nosso amor é como o vento, eu não posso vê-lo, mas você pode sentir.

4 - Não é porque você gosta de alguém, que vocês necessariamente ficarão juntos

5 – No final, apenas o amor basta

Para os mais cults o disco de vinil voltou com tudo, mas não é tão fácil, quanto parece ser adepto desta moda. Alguns músicos até estão fazendo versões de seus CDs neste segmento, mas o produto é caro, assim como a vitrola que o dá vida. Mas a esperança do mundo é que sempre haverá um artista para dar vida ao que estava morto. 

Sara Roizen, uma espécie de “arteterapirista”, utiliza tinta, estêncil, gel, canetas, lápis de cor e tudo mais o que encontrar em seu estúdio, para construir lindas mandalas nos velhões “bolachões”.
Segundo Sara, o seu trabalho é completamente intuitivo, ela não faz ideia do que irá fazer, até começar a criar. Este é um processo que ela chama de auto-exploração constante, que muitas vezes revela sentimentos que nem ela mesma tinha ideia que estava sentindo.

No site da artista você pode se apaixonar ainda mais pelo trabalho dela, e se inspirar, a pegar os discos velhos da sua casa e criar verdadeiras obras de arte:




Se você acompanha o blog já deve ter visto o post onde falei das aberturas dos desenhos que marcaram a minha infância. Se ainda não viu clique aqui. Na ocasião, fiz uma lista enorme com vários desenhos, programas e séries infantis, que eu assistia diariamente e decorava até as falas. Como eram muitos (muitos mesmo), decidi fazer em etapas e aqui está a parte 2.

Corta aqui, repica ali, batidinho atrás, com franjão, sem franjão, com volume, sem volume, long bob, chanel, pixie, joãozinho. Nunca existiu tanta variedade de nomes para o famoso “cabelo curtinho”. A verdade é que, com o passar do tempo, o corte foi se modernizando e aderindo novas características da época. Lembram quando o chanel de bico virou febre? E o pixie?

Quando falamos de Techno o que vem na cabeça é um DJ, uma mesa de som enorme, uma pista de dança e muita gente dançando no frenesi proporcionado pelo som. Certo? Mas e se eu te disser que esse estilo de música, que já é bem complicado de se criar com instrumentos usuais, pode ser criado com baldes, panelas, ampas, pedaços de ferro e muita, muita sucata. 


Os amantes de música eletrônica não podem deixar de conhecer o músico Dario Rossi, um italiano capaz de produzir diversos estilos musicais, inclusive o trance, com os mais diversos materiais, muito talento e criatividade.

O Dario é um artista das ruas, então para curtir essa verdadeira experiência sensorial, será necessário dar sorte em cruzá-lo pelas ruas italianas, ou aproveitar o som no site dele e nessa seleção linda e especial que fizemos aqui embaixo.




Desculpe a minha inconsistência, minha incoerência, minha instabilidade emocional e minha vulnerabilidade fatídica. Desculpe o meu oi distante, meu bom dia seco, meu boa tarde irônico e meu boa noite apático. Desculpe meus elogios escassos, meu carinho em falta, meu desafeto culminante e minha indiferença atroz. Desculpe o meu jeito meio sem jeito, minhas frases pela metade, meus planos que não te incluem e meu espírito livre.

Acredito que não sou feminista, ou se sou não sei. Mas a questão é que sinto preguiça quando vejo textão de mimimi de algumas mulheres pedindo igualdade. Eu dou gargalhadas com piadas consideradas machistas. Eu acho que algumas mulheres deveriam sim se dar mais ao respeito. 

Talvez meu maior problema em relação ao machismo é ter a memória fraca, esquecer com facilidade e perdoar. Eu não deveria achar normal a forma com que os caras parecem estar mandando a encarada do UFC, no meio da balada, quando tentam se aproximar. Ou poderia me revoltar quando alguém mexe comigo na rua, mas na verdade levei tudo na esportiva e segui em frente. Mas será que é assim?

Sei que eu, como redatora disso aqui e futura jornalista, deveria mostrar os dois lados e soluções, mas dessa vez não. Compartilhar algo que me fez pensar é uma forma de manifestar, também. Por isso hoje, deixarei um texto – enorme – que li esta semana e está me fazendo questionar até agora uma coisa: qual o limite das coisas? 

Feministas, machistas, deboistas, gays, trans, lésbicas, perdidos, cristãos, muçulmanos, todos deveriam ler isso. Mais do que um desabafo, isso chega a ser uma parábola, que poderá ser aplicada não em opressões contra mulheres, mas em toda a nossa vida. 

Aproveitem a leitura (:
Na primeira série, um menino chamado John – um notório encrenqueiro -perseguia sistematicamente cada menina na nossa classe durante o recreio tenando beijá-las na boca. A maioria cedeu eventualmente. Era mais fácil ceder do que continuar correndo. Quando chegou a minha vez, eu me virei e olhei para ele, peguei os óculos do seu rosto de fuinha, e pisei em cima deles no asfalto duro. Ele correu para a sala do diretor e chorou.
Na quinta série, um garoto me pediu para ser a namorada por e-mail. Foi o primeiro e-mail que já recebi. Na verdade, ele me disse que queria enviar-me um e-mail, então eu fui para casa e fiz uma conta na AOL. Nós fomos para uma festa e ele me deu um bicho de pelúcia Garfield, e então ele me deu um cd do 3 Doors Down. Poucos dias depois, ele terminou comigo, e pediu Garfield e o CD de volta. Eu disse não.
Na sexta série, uma menina do meu ano fez um boquete em um aluno da oitava série na parte de trás do ônibus escolar durante uma brincadeira de Verdade ou Consequência.
No verão depois da sexta série, eu beijei um menino pela primeira vez durante um acampamento. Ele era o meu amor de verão. Durante os anúncios no refeitório, no fim do acampamento, onde as crianças geralmente anunciavam pijamas e walkmen perdidos, uma menina mais velha se aproximou do microfone, jogou o cabelo para trás dos ombros, e orgulhosamente declarou: “Eu perdi algo muito precioso na noite passada. Minha virgindade. Se alguém encontra-la, por favor me avise.” O salão de jantar explodiu em risos e aplausos. Ela foi impedida de voltar para o acampamento novamente, e não foi autorizada a se despedir de ninguém.
No verão após o primeiro ano do colegial, fui para outro acampamento com meus amigos. Uma delas, chamava Megan, e era amiga minha desde o jardim de infância. Uma noite, quando eu estava tomando banho, ela abriu a cortina do chuveiro e tirou uma foto minha em sua câmera descartável. Eu gritei. Ela riu. Nós duas rimos quando eu saí do chuveiro, poucos minutos depois. Depois que o acampamento acabou, o pai dela levou a câmera para a loja de conveniência para revelar o filme. Quando ele deu as fotografias para ela, disse: “Sua amigao [Anônima] cresceu.”
Segundo ano do colegial, uma das minhas melhores amigas, Hilary, fez uma festa no porão da sua casa, enquanto sua mãe estava fora. Convidamos alguns dos caras da nossa série e o irmão mais velho de alguém comprou pra gente uma garrafa de vodka. Um dos meninos que vieram sentava ao meu lado na aula de espanhol. Seu nome era Thomas. Lembro-me de jogar um jogo simples, onde passavamos a garrafa de vodka em um círculo e bebíamos. Eu lembro de estar felizinha e, de repente, estar muito bêbada. Thomas e eu começamos a cantar números em espanhol, e ele se inclinou e me beijou. Nós nos beijamos no meio da festa, com todos os nossos amigos gritando. Em seguida, fomos para o quarto de Hilary.
O quarto da Hilary era no porão, com uma grande janela ao lado de sua cama. Quando alguém saía para fumar um cigarro, eles percebiam que o lado de fora era um assento na primeira fila para o que estava acontecendo no quarto. Estava escuro lá fora, e a luz no no quarto estava acesa. Eles chamaram todos para fora para observar. Não me lembro de me despir, mas aparentemente estávamos ambos completamente nus na cama de Hilary. Um amigo meu me disse mais tarde que ela tentou abrir a porta e parar o que estava acontecendo, mas Thomas devia ter trancado. Eles disseram que bateram na porta. Eu não me lembro de ouvi-los batendo. Eu não lembro de ter visto os rostos de todos fora da janela. Lembro-me de Thomas segurando minha cabeça para baixo e empurrando seu pênis na minha boca. Lembro-me de tentar resistir, puxando para trás, mas ele segurou as mãos firmemente sobre a minha cabeça, empurrando o meu rosto para cima e para baixo. Isso é tudo que eu lembro.
No dia seguinte, meus amigos e eu saímos para jantar em um dos nossos restaurantes locais favoritos. Eu não podia comer nada, e não era porque eu estava de ressaca. Toda vez que eu tentava colocar comida na minha boca, eu sentia como se estivesse sufocando. Sempre que um flash da noite anterior aparecia na minha mente, eu sentia vontade de vomitar. Meus amigos sentaram-se comigo em silêncio. Em seguida, eles me disseram que uma garota chamada Lindsey, que namorou Thomas no primeiro colegial, tinha ficado do lado fora e assistiu tudo até o fim. Mesmo depois de todo mundo ter parado de assistir. Meus amigos disseram que não viram.
Na segunda-feira, Thomas e eu nos sentamos um ao lado do outro na aula de espanhol. Nós não falamos. Nós não fizemos contato visual. Eu fui para o banheiro das meninas e vomitei. Ouvi dizer que Lindsey e Thomas vivem juntos agora, dez anos depois.
No segundo ano do colegial, tive um professor de espanhol chamado Señor Gonzales. Señor Gonzales fazia todas as meninas sentarem na primeira fileira. Señor Gonzales chamava qualquer garota que estava usando uma saia para escrever no quadro-negro. Señor Gonzales perguntou a uma amiga minha, que tinha quebrado o dedo jogando bola depois de escola, se ela quebrou o dedo porque “ela gostava bem forte”.
No último ano do ensino médio, eu tive o meu primeiro namorado de verdade. Seu nome era Colin. Ele estava no time de lacrosse com Thomas. Ele me disse que no segundo ano, Thomas disse para todos na equipe o que tinha acontecido naquela noite na casa da Hilary. Todos aplaudiram. Colin disse que, mesmo naquela época, ele tinha uma queda por mim. E naquela época queria dar um soco no Thomas.
Colin e eu perdemos nossa virrgindade um com o outro. Colin disse que se eu engravidasse, ele me faria ter o bebê. Ele não acreditava em aborto. Colin disse que se eu engravidasse, ele me faria fazer uma cesariana. Colin disse que, se eu não fizesse uma cesariana, minha vagina ficaria muito larga para que ele continuasse a gostar de transar comigo. Colin disse que ele não iria deixar nosso filho amamentar. Ele disse que sua mãe lhe deu a fórmula, e que ele cresceu muito bem. Eu não engravidei.
Primeiro ano de faculdade, eu morei na Dinamarca por um semestre e estudei na Universidade de Copenhague. Copenhague é uma das cidades mais seguras do mundo. As armas são ilegais lá. O spray de pimenta é ilegal lá. Uma noite, meus amigos e eu fomos a um show em um clube lotado em uma parte da cidade que eu não conhecia muito bem. Eu trouxe uma pequena bolsa com dinheiro, a minha chave do apartamento, e meu celular. Por alguma razão que fazia sentido na hora, coloquei minha bolsa dentro da bolsa da minha amiga. Talvez eu não tivesse vontade de ficar segurando. Nós duas estávamos bebendo. Minha amiga deixou o show para ir para casa com o namorado. Um por um, todos que eu conhecia e estavam lá foram indo embora, até que de repente eu estava sozinha e eu percebi que eu não tinha a minha bolsa, ou qualquer dinheiro para um táxi.
Eu comecei a andar na direção que me parecia ser a certa. Eu andei por um longo tempo. Eu não tinha idéia de onde eu estava, e não reconhecia a área. Era quase 04:00. Eu estava em uma rua residencial quando um táxi parou ao meu lado. Perguntei ao motorista se ele poderia me levar a um cruzamento da rua do meu apartamento.
Eu não tenho dinheiro, eu disse.
Eu realmente preciso de sua ajuda, eu disse.
Vu fazer de graça, disse ele.
Sente-se na frente, disse ele.
Sentei-me na frente. Nós dirigimos em silêncio por algum tempo, até que ele parou ao lado de uma rua escura.
Eu não quero mais fazer de graça, disse ele.
Ele trancou as portas do carro e estendeu a mão sobre o console central e enfiou a mão a minha saia. Ele agarrou minha vagina. Com força. Eu empurrei a mão dele e abri a porta. Desci a rua e percebi que ele tinha me levado a um quarteirão de distância de onde eu queria. Eu caminhei para o meu apartamento e atirei pedras na janela da minha amiga até ela me deixar entrar. Ela gritou comigo por acordá-la. Eu escapei. Nada aconteceu. Eu estava bem.
No verão depois que me formei da faculdade, eu ajudei Hilary a encontrar um estágio. Ela estava se formando em Artes Plásticas e queria algo para seu currículo, além de garçonete. Encontramos um post no Craigslist para ser um assistente de estúdio para um pintor no Bronx. Estava listado como estágio não remunerado. O pedágio na ponte George Washington era doze dólares, além do combustível, mas ela queria o estágio de qualquer maneira. Ela queria a experiência.
O artista era um pintor canadense de 38 anos, e chamado Bradley. Hilary tinha 22. Tinha uma outra estagiária lá chamada Stella. Bradley sempre fazia Hilary ficar até mais tarde e dizia para Hilary que ela era linda. Mais bonita do que sua esposa, que ele só casou pela cidadania. Ele disse para Hilary que tinham um casamento sem amor. Ele disse para Hilary que queria ter seus belos filhos. Eles começaram um caso. Ele disse para Hilary que sua esposa sabia e não se importava. Ele disse para Hilary ele ia deixar sua esposa em breve.
Todos os dias Hilary dirigia para o Bronx, limpava os pincéis de Bradley, e tinha relações sexuais no chão do estúdio. Todos os dias ela ia para casa sem dinheiro, e todos os dias ela pagava o pedágio na ponte George Washington. Ela precisava do estágio para seu currículo, ela disse. Era tarde demais para encontrar um novo emprego, ela disse.
Eu poderia continuar. Eu poderia dizer muito mais. Sobre os assobios na calçada, as crianças que se sentavam na parte inferior das escadas na escola para olhar para cima e ver por debaixo das nossas saias, minha amiga que era uma prostituta na Carolina do Sul, os homens que me encurralaram em estacionamentos e bares me chamando uma provocadora, as apalpadas indesejadas no metrô, das muitas vezes que meu pai me chamou de gorda, o tempo que eu viajei para as Filipinas e descobri que vários os homens ocidentais pagam pré-adolescentes locais para passar a semana em seu hotel, as mensagens no OkCupid. Sobre como eu não tinha certeza se eu fui estuprada porque eu estava bêbada e beijei Thomas de volta. Como ele estuprou minha boca e não a minha vagina, de modo que isso não deve ser estupro. Como foi fácil para mim para escapar na rua escura, em Copenhague, e como isso fez a situação não ter a devida importância uma vez que “poderia ter sido pior.”
Os homens não têm idéia do que é preciso para ser uma mulher. Para sorrir e aguentar e perseverar. O constante estado de guerra, trilhar essa pista de obstáculos de testosterona e misoginia implacável, onde eles pensam que somos propriedades. Mas nós não somos. Somos pessoas, exatamente como eles. É igual, na verdade, ou pelo menos essa é a essência do que o feminismo ainda está tentando alcançar. O trabalho ainda não acabou. Temos feito grandes progressos. Há CEOs do sexo feminino, embora não muitos. Há mulheres que escrevem para o New York Times e vencedoras prêmios Pulitzer, embora não muitas. Há políticos do sexo feminino, embora não muitos. Mas esses avanços estão apenas no papel. O trabalho não estará terminado até que a igualdade permeie o ar que respiramos, as ruas andamos e as casas em que vivemos.
Volto no tempo e penso como foi fácil para mim, na primeira série sentir-me destemida e forte na minha convicção de pisar nos óculos do John. Eu me senti bem em reagir como eu fiz, porque o comportamento de João era errado. Mas o seu foi um aprendizado elementar, sobre as imensas fronteiras que seu gênero o proporcionaria. Para mim, nunca mais ia ser fácil daquele jeito.
– Anônima, 25 anos




No Instagram a gente descobre muita gente. É aquela menina de estilo inspirador, aqueles lugares maravilhosos para viajar, aquelas páginas de piadas sensacionais, mas o que mais vejo rodando, entre os meus amigos, são as fotos de tatuagem. 

Ela já é uma coisa universal, e superou a barreira dos preconceitos. No fundo todo mundo já entendeu que é uma arte. Voltando ao Instagram, as vezes olhamos uma foto e pensamos “puta tatuagem linda, certeza que o cara é gringo”, mas sabia que não? Tem muito tatuador brasileiro arrasando por ai e hoje nós vamos te mostrar cinco, para encher os olhos – e esvaziar o bolso. 

Rodrigo Tas - @RODRIGOTAS 
Professor, designer, ilustrador há três anos. O estúdio dele fica em São Paulo, próximo ao Sesc Pompéia. 


Jun Matsui – @junmatsui 
É designer, artista plástico, tatuador e ainda possui uma loja em Tóquio onde vende roupas e acessórios que ele mesmo cria. O estúdio dele fica no 2º andar da Galeria do Rock (SP).
Victor Otaviano - @victoroctaviano 
Tatuador e ilustrador autoditada, Victor aprendeu a tatuar quando foi fazer a sua primeira tatuagem e pediu para desenhar. Ele é de São Bernardo do Campo, referência do estilo watter color, no Brasil


Paulo Victor Skaz - @skazxim 
Paulo é amante dos pássaros, ilustrador, tatuador no Corvo Studio, em Recife, e integrante da crew de graffiti Casa993.


Brian Gomes - @briangomes 
Brain é especialista em tribais e DotWork (pontilhismo), tem como referência as grafias indígenas, geometria, além de mandalas orientais e islâmicas. Seu estúdio fica em São Paulo e vive lotado.