A vida em cores, parte II

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Um dia eu falei que não queria mais, depois tinha entrado de cabeça. Um dia disse que não me envolveria, depois estava completamente entregue. Um dia disse que iria largar e nunca mais falar, no outro eu já tinha esquecido tudo o que havia me feito mal. Eu nunca tive orgulho por ser tão indecisa e contraditória, mas é pra você entender a confusão que é aqui dentro e a intensidade que a cor do fogo exerce em mim.

Um outro dia encontrei alguém que era tão puro quando chegou a mim. Uma calmaria e uma sensação de abrigo me possuíram imediatamente. Não que ele me pertenceria um dia, pois era grande demais para isso, grande assim como o mar, o mar que de tão azul que serve de casa para uma peixinha como eu. Não entendi direito na hora, mas havia muito peso, cuidado e responsabilidade, eu estava entrando no mar. 

Aquele mundo de água linda e azul é tão vulnerável quanto o humor de quem mergulha, parece que não, mas para quem consegue enxergar é muito mais fundo do que parece. Um dia o mar está calmaria, se conecta com a terra com simples marolinhas, quem não entende, até gosta da falta de reação, mas só quem vive sabe que o mar foi feito para as ondas e não para ficar parado. Mas também há dias que o mar se mexe demais, as ondas sufocam, fazem mal, pertubam e destroem até mesmo os seus seres.

O equilíbrio é a chave de tudo, com um belo tom esverdeado que nos trará harmonia e sempre apresenta um novo recomeço. Mas a vida não se resume em apenas algumas cores, parafraseando uma amiga, a vida não se resume na cor do nosso mar ou a cor que escolhemos, a vida está na moda, a vida é um gigante livro de colorir, basta você querer brincar.

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